Protestos continuam e com razão...
Bloqueio seca bombas e esvazia hipers
Por: Virgínia Alves
O quadro da paralisação já não se limita a camiões parados nas estradas portuguesas e espanholas, nas prateleiras dos hipers começam a faltar produtos e nas bombas de gasolina surgem cartazes de "esgotado".
Por: Virgínia Alves

O impacto da paralisação dos transportadores de mercadorias está a afectar vários sectores. O Grupo Jerónimo Martins conseguiu que alguns dos seus camiões partissem dos armazéns em direcção às lojas com escolta policial, "mas são insuficientes para abastecer as lojas e os fornecedores também não o conseguem fazer", disse ao JN, Frederico Machado, um dos responsáveis desse grupo.
Ontem começavam a faltar o peixe, a carne e os vegetais, os "produtos menos perecíveis ainda existem em armazém, mas por alguns dias", admitiu.
O grupo Os Mosqueteiros também começa a ficar preocupado, dizendo que se "o bloqueio continuar por mais dois ou três dias, vai começar a notar-se".
Quem soma já prejuízos de milhares de euros são os produtores de leite. "Cerca de meia dúzia optaram por destruir 10 mil litros de leite, porque não conseguiram fazer o transporte", afirmou Fernando Cardoso, da Federação dos Produtores de Leite, acrescentando que no Norte do país a "recolha está a ser feita com toda a normalidade".
Normalidade a Norte que também se faz sentir nos postos de combustíveis. "Em Braga estão a ser abastecidos. Postos sem combustíveis só no Algarve, na zona de Lisboa e alguns casos no Centro", adiantou Augusto Cybron, da associação de revendedores.
Enquanto aguardam uma conclusão em Portugal, todos salientam a paralisação em Espanha, que representará dificuldades para Portugal, pelos muitos produtos importados diariamente.
Em Barcelona foi activado o Plano Básico de Emergências Municipais, para garantir o abastecimento prioritário. Em várias cidades os bens começam a escassear.
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