PROJECTO PIONEIRO CRIA LINHA DE EMERGÊNCIA PARA SURDOS

Durante a cerimónia de assinatura, traduzida em língua gestual e presidida pela Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, a Governadora Civil de Faro considerou que a criação deste novo serviço, a que se associou a Vodafone, constitui “mais um passo para a igualdade de oportunidades para todos”. Isilda Gomes realçou ainda o papel da ASA na concretização deste projecto.
“Alertaram-nos para um problema que provavelmente muitos de nós ainda não nos tínhamos apercebido, mas que era de facto limitativo para um grande número de pessoas. Era inaceitável que não existisse um serviço disponível para a comunidade surda aceder ao sistema de socorro e emergência quando esse é um direito de todos os cidadãos”, referiu a Governadora Civil, frisando a intervenção da Secretária de Estado Idália Moniz, na aplicação das políticas do Governo em prol das pessoas portadoras de deficiência.
O Projecto Regional SMS-Voz, que para o presidente da ASA, Bruno Brito, representa um “compromisso muito importante para a comunidade surda”, consiste na instalação de um telemóvel no Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro (CDOS), que funcionará durante 24 horas. O equipamento está acessível a todas as pessoas com problemas ao nível da comunicação, que podem transmitir um pedido de auxílio através de uma mensagem escrita a qual, de acordo com uma tipologia estipulada, identificará a respectiva situação de emergência e permitirá ao CDOS reencaminhar os pedidos para as entidades competentes. A recepção da mensagem enviada será sempre confirmada pelo operador de serviço.
De acordo com a Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, este projecto, que permite derrubar mais uma barreira e criar uma nova acessibilidade, será alvo de uma avaliação permanente com vista ao seu alargamento a todo o País, podendo mesmo via a ser adoptado por outros Estados Membros da União Europeia.
“Passo a passo vamos conseguindo construir os alicerces para que, pessoas com capacidades diferentes, possam aceder a todos os bens e serviços, dando assim cumprimento à igualdade de oportunidades para todos” referiu Idália Moniz, para quem deve ser a sociedade a adaptar-se aos cidadãos e não o inverso.
A Secretária de Estado sublinhou ainda o resultado do movimento associativo da comunidade surda na concretização deste e de outros projectos como o Tecnovoz (desenvolvido em parceria com a RTP e a Federação Portuguesa das Associações de Surdos) e o de formação em língua gestual para funcionários da Segurança Social, com a colaboração da Associação Portuguesa de Surdos.
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