Socos e insultos no Polidesportivo de São Brás de Alportel

Texto: Teixeira Marques - (Correio da Manhã)
Foto: Luís Patrício - (Correio da Manhã)
A mulher do presumível agressor, que não se quis identificar, garantiu ao CM, que o vigilante, primeiramente, agrediu o filho, pelo que “o marido deu-lhe dois estalos, bem merecidos”.
O vigilante, Júlio Viegas, de 63 anos, funcionário da Câmara há 32 anos, sofreu ferimentos num braço e na barriga, causados pela agressão com um pau, mas não necessitou de internamento hospitalar.
“Os rapazes estavam a jogar futebol e a bola foi para o telhado dos balneários do polidesportivo”, conta Júlio Viegas, ao CM, que garante “ter mandado o miúdo descer por estar em local perigoso e proibido”.
Júlio Viegas diz que o rapaz não lhe obedeceu, gozando inclusivamente com a situação, pelo que “quando desceu do telhado, agarrei--o e sacudi-o pelos ombros”, diz o vigilante, que garante “não ter agredido o menor”.
O jovem, a chorar, foi a casa queixar-se à mãe, que diz ter sido depois injuriada pelo vigilante, que “parecia estar alcoolizado”.
Pouco depois chegava o pai da criança, “ que sem nada dizer agrediu-o com um pau e com a mão em cutelo, causando-me vários hematomas”, diz Júlio Viegas, que acusa-o ainda ter agredido um jovem que o tentou socorrer.
Vítor Guerreiro, vereador com o pelouro do desporto da Câmara de São Brás de Alportel, garantiu ao CM, “ir ouvir o funcionário camarário e os pais do menor para poder apurar o que, efectivamente, se passou”. O autarca lembra que o polidesportivo municipal, é frequentado, diariamente, por centenas de jovens, “pelo que é imperioso saber se o funcionário actuou dentro das normas vigentes”. Vítor Guerreiro não quis adiantar conclusões, antes do inquérito que vai mandar instaurar, mas considera “inconcebível”, que tenha havido qualquer agressão ao menor. A GNR de São Brás de Alportel não tinha ainda ontem recebido qualquer queixa de ambos os envolvidos no incidente.
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